1 de maio de 2010

Pablo Neruda

A poesia de Pablo Neruda é uma sucessão de homenagens, ao Homem, à Natureza, ao Mundo, às Américas e ao Amor, é um grito em verso às coisas simples da vida e do mundo. "Canto Geral" foi por ele mesmo considerado o seu melhor trabalho, é isso mesmo: um canto para o Planeta, uma canção envolvente, um hino à beleza e às pequenas grandes coisas da vida. "Residência na terra", "O povo", "Odes Elementares", "Plenos Poderes", "Pedras do Chile", "Nasci para Nascer", "Uma Casa na Areia", "Cadernos de Temuco", "Cem Sonetos de Amor", são alguns dos títulos da sua extensa obra, mas a minha predilecção vai para "Confesso Que Vivi", um livro de memórias onde o poeta vai anotando as sua passagem pelo mundo, “(...) Não vivi, talvez, em mim mesmo; vivi, talvez, a vida dos outros. De quanto nestas páginas deixei escrito se desprenderão sempre — como nos arvoredos de Outono, como no tempo das vindimas — as folhas amarelas que vão morrer e as uvas que reviverão no vinho sagrado. (…)”.


Pablo Neruda nasceu na cidade chilena de Parral em 12 de Julho de 1904. Filho de José del Carmen Reyes Morales, operário ferroviário, e dona Rosa Basoalto Opazo, professora primária, falecida poucos anos depois de seu nascimento. Em 1906 a sua família muda-se para Temuco onde o seu pai volta a casar com Trinidad Candia Marverde, a quem o poeta menciona em diversos textos como em "Confesso que vivi" e "Memorial de Ilha Negra" como o nome de Mamadre. Realiza os seus estudos no Liceu para Rapazes dessa cidade, onde também publica os seus primeiros poemas no periódico regional A Manhã. Em 1919 obtém o terceiro lugar nos Jogos Florais de Maule com seu poema Nocturno Ideal. Em 1921 radica-se em Santiago, estuda pedagogia e francês na Universidade do Chile. Aí obtêm o primeiro prémio da Festa da Primavera com o poema "A Canção de Festa", publicado posteriormente na revista Juventude. Em 1923 publica "Crespusculário", que é reconhecido por escritores como Alone, Raul Silva Castro e Pedro Prado. No ano seguinte aparecem pela Editorial Nascimento os seus "Vinte poemas de amor e uma canção desesperada", no qual ainda se nota alguma influência do modernismo. Posteriormente o seu estilo altera-se e pode verificar-se uma verdadeira manifestação vanguardista em três breves livros publicados em 1936: "O habitante e a sua esperança"; "Anéis" (em colaboração com Tomás Lagos) e "Tentativa do Homem Infinito".

Em 1927 começa sua longa carreira diplomática, quando é nomeado cônsul em Rangum, Birmânia. Nas suas muitas viagens conhece em Buenos Aires Federico Garcia Lorca, e, em Barcelo, Rafael Alberti. Em 1935, Manuel Altolaguirre entrega a Neruda a direcção da revista Cavalo Verde para a Poesia, na qual é companheiro dos poetas da geração de 1927. Nesse mesmo ano aparece a edição madrilenha de "Residência na Terra".

Em 1936, eclode a Guerra Civil espanhola, Neruda é destituído de seu cargo consular e escreve "Espanha no coração".

Em 1945 é eleito senador e obtém o Prémio Nacional de Literatura.

Em 1950 publica "Canto Geral", texto em que sua poesia adopta uma intenção social, ética e política.

Em 1952 publica "Os Versos do Capitão", e, em 1954 "As Luvas e o Vento" e "Odes Elementares".

Em 1958 aparece "Estravagario" com uma nova mudança no seu estilo poético.

Em 1965 é-lhe outorgado o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Oxford, Grã Bretanha.

Em Outubro de 1971 recebe o Prémio Nobel de Literatura.

Morre em Santiago do Chile no dia 23 de Setembro de 1973, após doença prolongada. Postumamente foram publicadas suas memórias em 1974, com o título "Confesso que Vivi"

Fonte: Wikipédia
Fotos: Sem referência

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